O segredo nas entrelinhas

Pedimos um sinal para Deus, o universo ou ser superior.

O sinal é enviado e não percebemos. Precisamos que esteja escrito em um letreiro, de preferência com luzes piscando!

Nessa edição vou te relevar um segredo que vai te ajudar a ver sua vida com uma nova perspectiva e mais clareza.

Precisando de uma bússola?

Na edição retrasada coloquei uma votação de temas e o mais escolhido foi "Como saber o que quero da vida?".

Não me surpreendeu, já que esta pergunta é recorde em meus atendimentos (sejam terapêuticos ou de astrologia).

Quem me vê hoje, aos 49 anos, não sabe quantas vezes já mudei de carreira e como já fiz de tudo um pouco.

Duvida? Veja a lista abaixo e segure a risada quando chegar no número 10.

1. Faxineira

2. Babá

3. Professora de inglês

4. Consultora de estilo/moda

5. Astróloga

6. Executiva de vendas

7. Pesquisadora/Cientista

8. Farmacêutica

9. Bioquímica (plantonista em hospital)

10. Dançarina de axé: candidata do concurso A nova loira do Tchan.

Antes que você me peça, não tenho fotos do número 10. Meu ex marido era muito ciumento e como prova de amor me fez queimar todas fotos que eu tinha da minha adolescência e de quando eu dançava. Eu, tola, fiz.

Claro que essa relação era abusiva, quem sabe um dia falo disso em uma edição futura. Não é nosso foco hoje.

Ao ler tudo isto, você pode acreditar que eu nunca soube o que desejo da vida. Aceito sua perspectiva.

A minha é de que invés de querer ter certeza, optei por viver experiências.

É muito difícil saber se você gosta mais de morangos ou tangerinas se você nunca comer nenhuma das duas!

O começo da resposta "O que quero da vida"?", passa por saber o que não queremos.

Para algumas coisas temos clareza de que não são para nós, outras, precisamos vivenciar, experienciar, para então decidir.

Por exemplo, eu nunca gostei de matemática, cálculos e coisas afins. Não preciso fazer uma faculdade disso para saber que não gosto.

Porém, para dizer que não como pepino de jeito nenhum, precisei experimentar de diversas maneiras.

Invés de buscar certezas e respostas definitivas, busque direção.

Nossa direção de vida depende das nossas escolhas diárias.

É uma construção e não um grande salto.

Como dizia uma mentora minha no começo da minha carreira:

Dá o primeiro passo que o universo põe o chão embaixo.

Mas o que fazer quando o caminho está cheio de pedras?

Pedras no caminho

Pense em dificuldades que você já enfrentou depois de fazer alguma escolha.

Imagino que você consiga, com facilidade, listar várias pedras que surgiram no seu caminho.

Contudo, tem uma pedra que atrapalha todos nós e não temos consciência disso: as chamadas distorções cognitivas.

Abaixo vou te explicar as mais comuns e como elas nos atrapalham na clareza sobre nossa vida e desejos.

1. Generalização Excessiva: Aqui, tendemos a tirar conclusões amplas e definitivas com base em evidências limitadas ou em uma única experiência. Por exemplo, se tivermos uma má experiência em um relacionamento, podemos generalizar que todos os relacionamentos são ruins e desistir de buscar o amor.

2. Racionício emocional: Parece contraditório, mas é isso mesmo. Essa forma de distorção de pensamento se refere a quando estamos com uma emoção muito forte, exacerbada e vemos as situações por aquela única lente. É comum usarmos palavras como pior, melhor, sempre, tudo, nada, quando temos nosso raciocínio inundado pelos nossos sentimentos.

3. Pensamento polarizado: É difícil saber nosso caminho de vida quando nossa perspectiva é limitada ao 8 ou 80. Precisamos lembrar que existem 72 números entre essas duas opções! Nos dias atuais é uma das coisas que mais atrapalha as nossas relações. Até vale uma edição da newsletter somente sobre isso. Você gostaria?

4. Personalização: Essa distorção é chamada de "alecrim dourado" ou "centro do universo". E sim, todos nós já fizemos isso alguma vez. Acha que não? Duvido que você nunca tenha pensado que algo deu errado ou aconteceu "por sua causa". Apesar disso poder ser verdade, a distorção cognitiva é quando assumimos uma postura de vida onde acreditamos ser 100% responsáveis pelas coisas que não deram certo em nossas vidas. Não é assim. Infelizmente não temos controle sobre tudo!

Na prática, as distorções cognitivas são como pequenas armadilhas mentais que nos fazem enxergar a realidade de maneira distorcida.

Como se fossem lentes embaçadas, essas distorções podem nos impedir de ver claramente o que está diante de nós.

Essas são apenas algumas das muitas distorções cognitivas que podem afetar nossa capacidade de descobrir o que queremos da vida.

Livros como ferramentas de transformação

Quando estamos presos em armadilhas mentais como as distorções cognitivas, é difícil enxergar claramente nossos desejos, aspirações e valores verdadeiros.

É aqui que os livros podem desempenhar um papel importante.

Sim, ler pode te ajudar a saber o que você quer para sua vida!

Ao nos transportar para diferentes mundos, perspectivas e experiências, os livros nos ajudam a expandir nossas mentes e a questionar nossas suposições sobre nós mesmos e sobre o mundo ao nosso redor.

Por exemplo, ao ler "O Pequeno Príncipe", podemos refletir sobre nossas próprias crenças e valores, e questionar se estamos olhando com o coração ou se estamos sendo influenciados por distorções cognitivas.

Ao confrontar essas distorções e expandir nossa visão de mundo, podemos começar a entender melhor o que queremos da vida.

É esse processo de autoconhecimento e crescimento pessoal que nos permite avançar com confiança e determinação em direção aos nossos verdadeiros desejos e aspirações.

Na edição 18 partilhei alguns livros que fizeram a diferença na minha vida.

Cada livro que lemos é como um baú cheio de tesouros, esperando para serem descobertos.

Em "Cem Anos de Solidão" de Gabriel García Márquez, somos transportados para o mágico mundo de Macondo, onde mergulhamos nas profundezas da alma humana e exploramos os mistérios do tempo e da memória.

Em "O Sol é para Todos" de Harper Lee, somos confrontados com questões de justiça, igualdade racial e moralidade, enquanto acompanhamos a jornada de Scout Finch em uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos.

Cada livro, seja ele de ficção ou não-ficção, tem o poder de nos transformar, de nos fazer questionar nossas crenças, de nos inspirar a sermos melhores.

Essa magia faz da leitura uma das ferramentas mais eficazes para o autoconhecimento disponível para nós.

12 livros e uma nova profissão

Além de autoconhecimento, livros podem mudar a nossa vida para sempre, até mesmo nos dando uma profissão.

Foi o que aconteceu comigo quando eu tinha treze anos.

Meus alunos já ouviram essa história muitas vezes. Só sou astróloga por causa de uma aposta com meu pai e dos doze livros que ganhei dele.

Eu queria fazer mapa astral com uma astróloga carioca famosa e meu pai achou caro.

Como alternativa, ele me disse que eu deveria aprender a fazer um mapa astral sozinha.

Fiquei indignada! Imagina quanto tempo eu levaria para aprender aquilo sozinha?

Então fizemos uma aposta. Eu iria aprender e fazer o mapa astral dele.

Caso ele aprovasse o mapa feito (detalhe: meu pai sempre foi uma pessoa muito cética), eu ganharia doze livros e depois um curso sobre o tema.

Levei meses para conseguir fazer meu primeiro mapa astral.

Naquela época não havia o astro.com para apertar um botão e ter o mapa calculado.

Justo eu que detestava matemática!

Um mapa astral envolve muitos cálculos trigonométricos para determinar a localização espacial de cada planeta.

É chato demais (e difícil). Mas depois de alguns meses, consegui.

Cada visita à biblioteca pública nacional me desvendava horizontes inéditos.

Aprendi sobre astronomia, simbolismo, psicologia, autoconhecimento e matemática.

Mais que isso, meu pai me ensinou através destes livros, o poder da resiliência, paciência e motivação.

Em um ano, ganhando um livro por mês, me tornei astróloga. Ou melhor, aprendi a técnica astrológica.

Me achava astróloga, mas precisei passar por muitos atendimentos e dificuldades até me tornar a profissional que sou hoje.

Porém não posso negar que tudo começou com aqueles doze livros.

Existem dificuldades de estudar de forma autodidata: leva mais tempo, não temos confiança de qual perspectiva é a melhor, não há troca (com colegas e professores).

Hoje sabemos que aprender vai além da leitura. Mas é certo que este é um ótimo começo!

Ler não é sinônimo de aprender

Embora a leitura seja uma porta de entrada para o conhecimento, ela não é necessariamente sinônimo de aprendizado.

Muitas vezes, podemos nos encontrar folheando páginas após páginas sem absorver verdadeiramente o conteúdo ou compreender as mensagens subjacentes, o segredo nas entrelinhas!

O ato de ler requer mais do que simplesmente percorrer as palavras; exige atenção, concentração e uma mente receptiva para internalizar e processar as informações apresentadas.

Além disso, o aprendizado vai além da simples acumulação de fatos e informações.

Ler passivamente, sem questionar ou contextualizar o material, pode resultar em uma compreensão superficial ou até mesmo distorcida do assunto.

Aprender é um processo alquímico: transformamos palavras em conhecimento.

Alquimia Literária

Como podemos aprender? Será que ler cada vez mais livros é a resposta?

Posso afirmar que não.

Aprender envolve reflexão, análise crítica e aplicação prática do que foi aprendido.

Para que a leitura se traduza em aprendizado significativo, é essencial cultivar habilidades de leitura ativa.

Como por exemplo, fazer perguntas, conexões com experiências pessoais e aplicar o conhecimento adquirido em situações do mundo real.

Você gostaria de transformar sua vida através da leitura?

Caso sua resposta seja sim, quero te convidar a mergulhar em uma nova jornada.

Nesta jornada literária vamos transcender as palavras.

Aqui na newsletter, você está sabendo em primeira mão de um sonho meu: criar um clube do livro.

Dia 05 de Maio irei relevar essa novidade para toda minha comunidade e seguidores das redes sociais.

No clube do Livro Alquimia Literária convido você a embarcar em uma experiência única de autoconhecimento e transformação.

Diferente de qualquer outro clube do livro, aqui vamos além das discussões superficiais.

Sob minha orientação e considerando minha especialidade (doutoranda em saúde mental), os livros selecionados foram escolhidos para despertar o alquimista dentro de você, gerando movimento e verdadeira transformação.

Cada mês o clube traz uma nova leitura, acompanhada dos seus maiores aprendizados e um resumo detalhado em sua newsletter mensal, exclusiva para assinantes premium.

Mas não paramos por aí.

Em nosso encontro mensal via zoom, mergulharemos profundamente no livro do mês, trocando insights e experiências, com o foco primordial em impulsionar o seu processo de autoconhecimento.

E para levar nosso aprendizado para outro nível, em alguns dos encontros, teremos acesso exclusivo ao autor do livro do mês e convidados especialistas.

Gostou da novidade?

Nesta edição te mostrei como as distorções cognitivas podem dificultar nossa clareza, essencial para saber o que queremos da vida.

Também dividi como ler pode transformar nossas vidas e processos de autoconhecimento.

Para saber de todos detalhes e como participar do clube, junte-se a nós na comunidade do whatsapp neste link.

Dia 05 de Maio você vai saber mais sobre como a magia das palavras pode mudar sua vida.

Abraços,

Fabi Ormerod

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Bruxa Cientista - Edição #028