Uma página em branco

Em uma fração de tempo, depois de uma contagem regressiva de dez a um, sentindo a emoção crescendo, sou invadida por um sentimento raro: a esperança. Um novo ano chegou e com ele milhares de novas oportunidades.

Confesso, não sou uma otimista por natureza. Com uma frequência maior do que eu gostaria, penso primeiro na pior possibilidade possível. Deixo-a ir embora e não me sinto paralisada por aquele pensamento. Pessimista para alguns, pragmática para outros.

Apesar dessa natureza mais prática, todos os anos, naqueles últimos dez segundos que antecedem a chegada do Ano Novo, me sinto inundada por uma curiosidade ingênua e a sensação de que algo bom virá.

No meio da rua, olhando a Sky Tower com meu marido, Francis, e uma das minhas melhores amigas, a Fer, brindamos com um champanhe sem álcool a chegada de 2025.

Pausa necessária

A vontade de escrever voltou após uma grande pausa nessa newsletter. Respeitei a necessidade de ficar mais recolhida nos últimos meses de 2024.

Saí das redes sociais e as deletei do meu telefone em outubro. Sentia que precisava desse afastamento. Em várias edições anteriores, já falei sobre minha visão sobre as redes sociais e o impacto negativo em nossa saúde mental. Me sentia incongruente usando essas “ferramentas”.

Nestes meses sem redes sociais, passei por algumas fases. A primeira delas gerou ansiedade e ora um sentimento de arrependimento, ora de alívio. É difícil ser uma das únicas pessoas do meu meio de contato que não usa redes sociais. Me senti por fora das notícias e dos memes (vamos combinar que é a melhor coisa dessas redes?).

Por outro lado, me senti aliviada ao notar o quanto de tempo livre ganhei. Tempo para reapreender a lidar com o tédio, que sim, é necessário em nossas vidas. Também ganhei tempo para refletir e olhar com mais calma para meus pensamentos e sentimentos.

Se eu tiver vontade de usar estas redes, já decidi que não irei instalar nenhum app no meu telefone e vou me limitar ao uso no computador. 

Refletindo sobre 2024

Meu marido faz aniversário dia 1/1. Este ano fizemos um churrasco na casa de uma amiga, pois estamos morando em um pequeno estúdio (sim, me mudei faz poucos dias!).

Na festa, estávamos conversando sobre como tanto pode mudar em um único ano. Algumas vezes nos cobramos demais e achamos que fizemos pouco. É a demanda social e a pressão por “fazer mais”.

Muitas vezes, as conquistas que temos ao longo de 12 meses não são suntuosas. Porém, são estes pequenos avanços, o famoso passo a passo, que nos levam para um novo patamar de desenvolvimento (seja pessoal, profissional, etc.)

Alguns dias antes, quando meu filho nos visitou para o Natal, brinquei que o pai dela era muito mais inteligente que eu. Continuei dizendo: eu sou esforçada, não desisto, já seu pai tem talento: piscou e já entendeu todos os conceitos.

Essa minha percepção vem de várias situações que presenciei nos 20 anos de convivência com meu marido. Como ele passou em um concurso federal em quarto lugar sem ter estudado? Aliás, pior, ele havia ido para a balada, bebido, festado e saiu do lugar às 6 AM. Tomou um banho, bebeu um café e foi fazer a prova. O resultado? Entrou no TRT.

Apesar das minhas "provas", Pedro me solta essa:

Quando reflito sobre essa frase, vejo que o lugar em que estou hoje, tanto pessoal como profissionalmente, resulta dessa consistência, ora teimosia minha, em seguir em frente.

Apesar de ter me mudado para Auckland no final de maio e ter dificuldades para criar novas relações, consegui criar uma nova rede de contatos que está cada vez mais forte na universidade. O resultado tem me surpreendido.

Em dezembro, fui convidada para assumir a presidência da PGSA, a nossa associação de estudantes de pós-graduação. Um cargo voluntário que me permite participar de alguns comitês da universidade que envolvem reitores e diretores de programas, o que me dá acesso a informações privilegiadas e eleva o nível do meu networking.

Essa recente exposição tem me proporcionado novas oportunidades de aprendizado, como ter sido convidada para participar de um congresso sobre igualdade e inclusividade com todos os custos pagos.

A verdade é que nada disso estava nos meus planos ou objetivos para 2024. Esse ano me ensinou isso: a vida me leva para caminhos diferentes e, algumas vezes, até mais interessantes do que eu havia planejado no começo do ano.

E você, quando avalia seu 2024, consegue perceber seus pequenos passos ou está sempre se cobrando para “fazer mais"?

2025: Um convite para entrar em movimento

Se você já me acompanhava antes dessa edição, sabe que fechei a minha empresa em maio. Isso não quer dizer que parei de praticar a astrologia psicológica ou fazer minhas análises.

Todos os anos, gosto de fazer uma análise em dezembro sobre os principais eventos astrológicos do ano que chega, para poder me alinhar com os convites que o céu nos faz.

Astrologicamente falando, 2025 será um ano bem diferente. Por quê? A grande diferença é que, apesar de termos planetas mudando de signo sempre, alguns planetas têm uma órbita muito grande e por isso demoram para fazer essas mudanças.

Este ano temos uma combinação de planetas chamados “lentos” ou transgeracionais, fazendo estas mudanças ao mesmo tempo. Isso é raro.

No final de novembro de 2024, Plutão entrou definitivamente em Aquário, algo que acontece a cada 200 anos, em média. Ele foi o primeiro a mudar. Em março, Netuno entra em Áries, um movimento que se repete a cada 165 anos! Em maio, Saturno também chega a Áries, repetindo um movimento que acontece a cada 28 anos. Por último, mas não menos importante, depois de 84 anos, Urano retorna ao signo de Gêmeos.

A raridade é que estes movimentos acontecem a cada 200, 165, 28 e 84 anos, porém, em 2025, estão acontecendo todos em um mesmo ano.

Mas, Fabi, o que isso significa?

Depende! Eu sei, essa resposta não é a que você gostaria de ouvir, mas é a correta. Depende de que recorte queremos fazer: o que significa para o mundo? Para os países em guerra, para o Brasil, para mim, para você?

Mundialmente, posso dizer que a primeira mudança que me desperta atenção é a mudança destes planetas todos, que têm uma órbita grande (ou seja, passam mais tempo em uma mesma faixa do espaço - leiam-se signos), para signos de energia yang.

A polaridade ying-yang nos remete aos padrões energéticos masculino e feminino. Também podemos entender como movimentos de ação exterior, versus interior. Os signos femininos nos convidam a introspecção, padrões inconscientes. Já os masculinos, falam de ações diretas e conscientes.

Pessoalmente, acho que o mundo já está focado demais no exterior, ações, energia masculina…pois é, esse foco deve aumentar mais ainda. Positivamente isso nos convida a colocar em prática tudo que foi planejado e refletido nos últimos anos. É uma chamada para ação, literalmente. Porém, nada é 100% bom ou ruim e o outro lado da moeda pode ser impulsividade, agressividade e exaustão.

É como se mundialmente, o planeta Terra mesmo ficasse mais “exaltado", inflamado, quente. Vejo isso como questões climáticas ou mesmo aumento dos conflitos e guerras.

Em termos pessoais, tudo depende do seu mapa natal, que é a nossa “configuração astrológica padrão". Eu por exemplo, tenho um mapa com predomínio de terra e água, elementos ying. Então um céu mais yang, representa um contraste grande. Já para pessoas com predomínio de ar e fogo, signos yang, temos uma sinergia maior com o céu.

Mas essa é uma análise muito superficial. Podemos compreender o convite de cada uma dessas mudanças analisando também os setores do mapa onde esses movimentos acontecem. Isso pode ser feito em uma consulta personalizada ou através de uma análise astrológica profissional gravada, com bases nos seus dados.

Você pode saber mais sobre estas duas opções clicando aqui e falando diretamente comigo no whatsapp. Eu estava com a agenda fechada nos últimos meses e abri somente 4 vagas na última semana de 2024. Como já conclui estes atendimentos, resolvi abrir mais 2 vagas para Janeiro.

Essa é uma ótima maneira de começar o ano, focando em você mesmo.

E por falar em começo de ano, quero dividir contigo algumas recomendações do que ando curtindo de séries nestes dias de descanso.

Favoritos das férias 🏆

Seria impossível eu fazer qualquer recomendação aqui sem falar na série 100 anos de solidão na Netflix. Eles conseguiram, sem nenhum recurso digital, replicar a Macondo mágica de Gabriel Garcia Marquez. Eu não conhecia os atores, que também me impressionaram com seu talento. A única coisa ruim é que ficamos com a vontade de quero mais e temos que esperar vários meses pela segunda temporada.

A outra série que recomendo tem um approach bem diferente da série acima. Sunny, na Apple, é uma série de ficção científica e também de mistério. O marido e filho da personagem principal morrem (ou desaparecem) em um acidente aéreo. De herança, ela ganha uma robô, a Sunny. A interação das duas e a investigação que elas fazem juntas, é o plot principal e rende boas risadas.

Newsletters que valem a pena

A newsletter da Dea, minha querida amiga. Ela fala sobre temas que tocam todos nós, desde negócios até questões terapêuticas e familiares. Uma das coisas que mais gosto na news dela é sua habilidade de contar histórias pessoais que conectam com experiências que todos nós já passamos.

A outra news que vou te recomendar é Gustavo, que fala sobre produtividade, mas também cuidado com a sua saúde integral. Você pode assinar clicando aqui.

Por último, te recomendo a News do meu mentor de escrita e negócios, HC. Em uma edição recente, chamada A última mariposa livre, ele fala sobre newsletters de uma maneira criativa. Quem sabe você não começa a escrever também em 2025? Para saber mais, é só clicar no botão rosa abaixo.

Beijocas e nos vemos em breve!

Fabi Ormerod

Sobre a Newsletter Bruxa Cientista

Newsletter Escrita por Fabi Ormerod compartilhando experiências e perspectivas sobre mentalidade, mundo sutil e mundo concreto.

Newsletter configurada e enviada pela plataforma BeeHiiv.
Bruxa Cientista - Edição #040