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Alecrim Dourado ou Sombra Escondida? Descubra em Nossa Conversa
Bruxa Cientista – Edição #012
Às vezes, lidamos com pessoas que testam nossa paciência, acham que são o centro do universo. Brinco que são como um alecrim dourado. Mas e quando oa gente não se toca e somos nós o alecrim?
Ri muito quando vi esse meme. A carapuça serviu hahahaha
Hoje vamos conversar sobre as nossas sombras e projeções e vou relevar um lado meu que você não conhece. A Fabi (não a Tati) quebra barraco.
Não adianta negar, todos temos nossos momentos de ilusão, mas a sombra sempre dá as caras. Quanto mais tentamos reprimi-la, mais ela se manifesta ao nosso redor.
E para tornar essa conversa mais interessante, escolhi uma trilha sonora especial para esta edição (dá um clique aqui).
Minha Sombra Violenta
Se você me acompanha há algum tempo, talvez já saiba que raramente perco a paciência. No entanto, houve uma vez, aos 17 anos, em que quase fui expulsa de uma balada em Curitiba.
Nasci no Rio, mas nos mudamos para lá em 1991. Em uma noite na balada Coração Melão, algo surpreendente aconteceu. Agora, os nomes das baladas curitibanas dos anos 90 eram algo à parte: Chocolate Chique, Coração Melão, Aeroanta. Onde será que inventavam esses nomes?
Sou da época que rolava bônus para pagar meia entrada
Voltando à história, estávamos no Coração Melão, dançando, curtindo. Depois de algumas horas, cansada e de salto alto, sentei no colo de um amigo. Foi quando ouvi: "Que nojo, sentada no colo de um negro". Olhei para cima e uma típica "patricinha" curitibana expressava seu desagrado.
Não sei se foi meu senso de justiça ou o álcool, mas reagi:
O quê? Repete!
Foi isso mesmo que eu disse, que nojo.
O sangue subiu ao meu rosto. Meu amigo pediu para deixar pra lá, mas não dava. Não existe "acostumar com isso".
Levantei, puxei a loira racista pelos cabelos e dei um tapa. Uma confusão se instalou, com a gente se estapeando e se pegando no chão. Sim, foi uma baixaria. Mas aprendi algo sobre mim naquele dia: eu também escondo uma parte violenta.
Sim, tenho vergonha, mas uma parte de mim adorou. Me julguem.
O Fenômeno do Alecrim Dourado
Após ler minha experiência, aposto que você fez alguns julgamentos, não é mesmo? Todos cometemos erros e nos envergonhamos de algumas atitudes, mas algumas pessoas agem como se fossem o centro do mundo.
Nas redes sociais, é comum encontrar o "alecrim dourado", pessoas que parecem perfeitas, sempre em uma vibração positiva de 100%. Porém, duvido que você nunca tenha pensado algo como "essa pessoa tem uma energia negativa".
Ao invés de se preocupar em se proteger da energia alheia, que tal elevar a sua própria? Não somos todos alecrins dourados perfeitos, e está tudo bem. Nossos processos são complexos, cheios de falhas, e está tudo bem.
O livro "O Lado Sombrio dos Buscadores da Luz" de Debbie Ford desafia a perfeição do alecrim dourado, dando um choque de realidade. O problema é que o alecrim dourado muitas vezes projeta expectativas irreais nos outros, achando que tudo está errado e que os outros são sempre injustos.
Nosso Inconsciente e a Sombra
Para Jung, a sombra é parte essencial de nós, nascendo na infância durante a formação do ego. Diferentemente do que muitos pensam, a sombra não é apenas negativa. Segundo Jung, ela carrega não só aspectos menos visíveis e aceitáveis da personalidade, mas também "ouro" psicológico - talentos, criatividade e forças ocultas.
A sombra não é uma força destrutiva, mas uma oportunidade de crescimento e autoconhecimento.
Na astrologia, o conceito de sombra de signos se popularizou, mas eu discordo disso. Em meus atendimentos, vejo clientes projetando suas sombras em diversos relacionamentos, até mesmo em mim. No mapa astral, podemos explorar nossas sombras em vários pontos.
Uma dica: pense em pessoas que você admira e nas que te irritam. Bingo! Você encontrou algo sobre sua sombra.
Sombras, Projeções e Empreendedorismo
Trabalho no digital desde 2014, após uma carreira de 13 anos como executiva de vendas em uma multinacional e uma experiência fracassada com uma farmácia. Se você já trabalhou em vendas, com certeza conhece a máxima "o cliente sempre tem razão". Uma frase antiga, mas nem por isso correta.
No digital, as situações complicam. Já tive meu curso copiado ilegalmente, alunos que pedem reembolso após consumir o conteúdo, desrespeito nas redes sociais e até ameaças à minha mãe.
Você acha que isso acontece mais no digital ou no presencial? Parece que as pessoas esquecem que do outro lado da tela há uma pessoa de verdade.
Como evitar? Não tenho uma receita infalível, mas não precisamos aceitar abusos. Podemos traçar limites, bloquear e, se necessário, recorrer à lei.
Nesta edição, falamos sobre nossas sombras, o alecrim dourado e as projeções no empreendedorismo. Lembre-se, trabalhar com nossas sombras é um processo para a vida toda. Não buscamos exterminá-las; afinal, a sombra só existe porque há luz.
Beijos e até a próxima edição!
Favoritos da semana 🏆
Leitura: Já te indiquei um livro acima. Se você gosta desse tema e quer começar a estudar um pouco sobre Jung, recomendo esse aqui. A linguagem é muito direta e fácil de entender. Bem mais fácil que ler os livros do Jung, garanto!
Filme água com açúcar para o final de semana: Não sei como está em Português, mas aqui se chama Love in the Villa, na Netflix. Se passa na Itália e é daqueles filmes leves para um final de semana de chuva embaixo da coberta (o que parece impossível no Brasil pelo que vejo nas notícias #sintomuito).
Essa semana terminamos um seriado lindo. Mas prepara o lenço e não briga comigo depois tá? Mas vale a pena. Tem história, política, romance, esperança e ótimo elenco. É o Toda Luz que não Podemos Ver da Netflix.
Sobre a Newsletter Bruxa Cientista
Escrita por Fabi Ormerod compartilhando experiencias e perspectivas sobre mentalidade, mundo sutil e mundo concreto.
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Bruxa Cientista - Edição #012
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